Se a resposta for sim, você não está sozinho.
A psicologia é a ciência que se ocupa em estudar os fenômenos, estados e processos mentais, o comportamento humano e suas relações com o meio social. Então, todas as queixas relacionadas ao funcionamento da mente, ao comportamento e às formas de relação do ser humano com o mundo, com as pessoas e consigo mesmo podem ser questões a serem abordadas e tratadas na psicoterapia.

E afinal, o que é psicoterapia?
Trata-se de um método profundo baseado na fala, que busca elementos inconscientes significantes e auxilia na tomada de consciência, fazendo com que se tenha um maior conhecimento sobre si mesmo e um poder sobre sua própria vida e escolhas. Através da psicoterapia, ou apenas terapia, é possível entender suas emoções, assim como pensamento reprimidos, desejos, sentimentos e condutas.
Na terapia, o trabalho é feito através da fala e participação do psicoterapeuta. Ou seja, o paciente e o profissional vão juntos construir um espaço seguro de expressão e análise dos pensamentos e emoções.
Compreender seus desejos, emoções e atitudes é o primeiro passo para a autoestima e para a projeção futura. Além disso, quando conhecemos a fundo nosso ser, temos o poder de nos relacionar melhor com as pessoas em nossa volta.
Através da psicoterapia é possível aprender maneiras mais construtivas de lidar com o estresse a que estamos submetidos diariamente e com as particularidades da vida pessoal, profissional ou familiar. Também pode ser um processo de apoio ao passar por um período difícil como o luto, transições de carreira ou um divórcio.
Ou seja, com um acompanhamento, seja ele individual, em casal ou em grupo, você pode notar grandes diferenças no dia a dia.
A metodologia a ser utilizada na prática psicoterapêutica varia de acordo com a abordagem teórica que o psicólogo se baseia.

A Psicóloga Gabriela Arcuschin segue a linha da Psicanálise Winnicotiana, que estuda a linha do amadurecimento emocional dos indivíduos, desde a concepção até a morte. O sofrimento emocional vem de uma quebra no processo maturacional. No processo psicoterápico o objetivo é retomar o momento desta ruptura e retomar o amadurecimento pessoal através da relação no analista e paciente.
Através da condução do tratamento adequado, é possível restabelecer a saúde emocional do paciente e promover seu bem-estar.
No caso de pessoas diagnosticadas com algum tipo de transtorno psíquico, tais como:
- Ansiedade generalizada;
- Depressão;
- Transtorno alimentar;
- Síndrome do pânico;
- Fobias;
- Transtorno obsessivo-compulsivo entre outros.
A psicoterapia pode ser uma grande aliada no alívio de sintomas e na aquisição de ferramentas eficazes para lidar com suas questões, fazendo com que o paciente se se comprometa com o tratamento, diminuindo a duração e intensidade de crises, e agindo na prevenção da ocorrência de novos episódios.
Além dos objetivos da psicoterapia narrados acima, também fará parte do tratamento psicológico o trabalho psicoeducativo. Esta intervenção tem como propósito informar ao paciente e, caso seja necessário, também seu(s) cuidador(es), a respeito de maneiras possíveis de melhor convivência com seu distúrbio, de forma didática e ao alcance de sua compreensão.
Qualquer pessoa, portadora ou não de transtorno mental ou de comportamento, pode precisar ou desejar realizar psicoterapia. Isto porque a psicoterapia pode ter caráter preventivo, de diagnóstico ou curativo.
É errônea a ideia de que a psicoterapia se destina apenas à portadores de doenças mentais ou então para “loucos” – termo usado em tom pejorativo.
Chamamos esse preconceito de “psicofobia”, que é uma mistura de medo do desconhecido e estigma sobre a saúde emocional.
Como começar a psicoterapia?
Bom agora que já sabemos um pouco sobre o que é a terapia, podemos ainda ter algumas dúvidas a respeito de seu funcionamento.
É comum que a psicoterapia comece com uma Entrevista Inicial. Esta Entrevista tem por objetivo que o paciente apresente ao psicólogo sua queixa, ou seja, quais situações, sintomas ou questões motivaram a busca pelo tratamento psicológico. Além disso, também há o espaço para o fechamento do contrato de prestação de serviços.
Nesse contrato é combinado entre as partes e de acordo com a avaliação do profissional:
- Frequência das sessões;
- O estabelecimento do(s) dia(s) e horário(s) das sessões;
- A forma de atendimento (presencial ou on-line);
- As regras em relação a faltas, atrasos e remarcações;
- O valor e forma de pagamento e esclarecimento quanto ao sigilo profissional.
Dado início à psicoterapia, esta poderá manter a mesma configuração do início ao fim do tratamento ou apresentar modificações durante seu acontecimento, sempre em comum acordo entre as partes e conforme necessidade de cada paciente.
O tempo de duração do tratamento está sujeito a vários fatores, tais como: quadro clínico do paciente e as demandas eleitas como queixas a serem tratadas, comprometimento com o tratamento, assiduidade nas consultas. Sem esquecer que cada pessoa é única, então, o tempo de progresso é particular.
Para finalizar, é importante esclarecer que a qualquer momento o paciente poderá questionar eventuais dúvidas a respeito do contrato e do tratamento diretamente com seu psicólogo. Este, por sua vez, deverá prestar os serviços cumprindo o Código de Ética Profissional e todas as demais legislações, resoluções e normativas pertinentes.
Depois de ler tudo isso ainda pode restar uma dúvida: e qual a diferença entre psicólogo e psiquiatra?
Essa é uma pergunta que sempre é feita por pacientes e pessoas que não conhecem a área.
Bom, os dois podem ser psicoterapeutas, porém o psiquiatra é um profissional formado em medicina e que após a faculdade fez uma especialização em psiquiatria. Este profissional tem uma visão médica dos distúrbios psíquicos e pode fazer uso da prescrição de medicamentos.
Já o psicólogo é um profissional formado em psicologia, que estuda durante os 5 anos de faculdade o funcionamento da mente humana em diversas abordagens. Esse profissional irá buscar a causa do problema e trabalhar com o paciente visando aliviar seu sofrimento e poderá inclusive trabalhar em conjunto com o psiquiatra em alguns casos. Importante ressaltar que o psicólogo não é médico, portanto não pode fornecer atestados ou receitas médicas.
