
O que é Burnout?
Burnout é um termo que se tornou cada vez mais comum nos últimos anos, especialmente em relação ao ambiente de trabalho. Muito provavelmente você já ouviu falar nesse nome. Mas você sabe como identificar a Síndrome do Esgotamento Profissional (ou Burnout)? Neste artigo vamos ver como esta condição é caracterizada e o que pode ser feito para evitá-la.
A síndrome do esgotamento profissional, também conhecida como burnout, é um estado de exaustão física, mental e emocional causado por estresse crônico no trabalho. É uma resposta à sobrecarga de trabalho e à pressão constante que leva a um sentimento de esgotamento total.
Os sintomas da síndrome de burnout podem incluir falta de energia, insônia, irritabilidade, desânimo, baixa autoestima, e até mesmo depressão. Esses sintomas podem interferir no desempenho profissional e prejudicar a qualidade de vida geral da pessoa.
O estresse contínuo e duradouro pode contribuir para o aparecimento do burnout. Mas isso vai depender da predisposição da pessoa, pois para muitos o estresse na intensidade ideal atua como motivador para um trabalho ativo, enquanto a falta total de estresse pode provocar a monotonia e a perda de interesse.
A predisposição individual é gerada por comportamentos que aumentam o risco para o burnout. Por exemplo, são aquelas pessoas extremamente ambiciosas, competitivas, perfeccionistas, com grande necessidade de reconhecimento, que passam a servir aos outros sacrificando as próprias necessidades, que não sabem delegar porque tem o desejo de serem insubstituíveis e que, por isso, se sobrecarregam com o trabalho, que passa a substituir sua vida social e familiar. Estes são os comportamentos de risco para o burnout, que interagindo com os fatores de risco do ambiente de trabalho aumentam a ocorrência do burnout.
Dos fatores de risco no ambiente de trabalho, a elevada demanda para produzir mais em menos tempo é apenas uma das dimensões. O risco aumenta quando a elevada demanda ocorre em um ambiente de trabalho com uma comunicação interna deficiente, sem dar aos funcionários autonomia para decidir e participar, e um baixo apoio social. Para ocorrer o burnout, é necessária a combinação dos fatores de risco ambientais com os comportamentos de risco individuais.
Antigamente, trabalhava-se 14 horas por dia, não havia férias nem finais de semana, não havia legislação de proteção ao trabalhador, aposentadoria, auxílio-doença etc. Nosso mundo melhorou muito no que se refere ao trabalho e à saúde das pessoas. O que ocorre hoje é que as empresas estão dando maior atenção, e os profissionais de saúde estão recebendo mais informações sobre saúde mental. E, portanto, melhorou o nível de reconhecimento e de diagnóstico de doenças como a depressão, a ansiedade e o próprio burnout.
Embora a síndrome do esgotamento profissional (burnout) e a depressão possam compartilhar sintomas semelhantes, são condições diferentes. Burnout é causado por estresse crônico relacionado ao trabalho, enquanto a depressão pode ter causas diversas e pode ocorrer em qualquer área da vida, incluindo trabalho, relacionamentos e saúde pessoal.
O burnout é caracterizado pela exaustão física e emocional, desânimo e falta de motivação. A pessoa pode sentir-se sobrecarregada com tarefas e responsabilidades no trabalho, e pode ter dificuldade em se concentrar ou em se engajar com as atividades cotidianas.
Já a depressão pode incluir sintomas como tristeza profunda, perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, dificuldade em dormir ou dormir demais, mudanças de apetite, sentimentos de desesperança ou desamparo e pensamentos suicidas.
Embora o tratamento possa diferir, tanto para burnout quanto para depressão, é importante buscar ajuda profissional para um diagnóstico adequado e orientação sobre as opções de tratamento disponíveis. Em muitos casos, uma abordagem integrada que envolve mudanças no estilo de vida, terapia e, se necessário, medicação pode ser eficaz no tratamento de ambas as condições.
Normalmente esses sintomas surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro. Para evitar problemas mais sérios e complicações da doença, é fundamental buscar apoio profissional assim que notar qualquer sinal. Pode ser algo passageiro, como pode ser o início da Síndrome de Burnout.
O diagnóstico da Síndrome de Burnout é feita por profissional especialista após análise clínica do paciente. O psiquiatra e o psicólogo são os profissionais de saúde indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma do tratamento, conforme cada caso.
Muitas pessoas não buscam ajuda médica por não saberem ou não conseguirem identificar todos os sintomas e, por muitas vezes, acabam negligenciando a situação sem saber que algo mais sério pode estar acontecendo.
O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia e tratamento psiquiátrico. A maioria dos sintomas do burnout mostra uma rápida melhora com o uso de medicamentos antidepressivos. Por um tempo limitado, pode-se também associar o uso de medicamentos para a ansiedade e para melhorar a qualidade do sono. O tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso.
O tratamento combina diferentes estratégias visando à melhora e à prevenção do burnout. Além disso, programas de orientação dietética e de atividade física tem, um efeito antidepressivo e preventivo do burnout. Como em outras desordens emocionais, o burnout pode acarretar ou agravar outras doenças, por exemplo as cardiovasculares (pressão alta, infarto e acidente vascular cerebral) e as gastrointestinais, como gastrites, úlceras e refluxo.
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Para prevenir ou lidar com a síndrome de burnout, é importante adotar estratégias de autocuidado, tais como estabelecer limites claros entre o trabalho e a vida pessoal, reservar tempo para atividades de lazer, e procurar apoio de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental. Outras medidas incluem reduzir a carga de trabalho, delegar tarefas e buscar ajuda quando necessário. É fundamental reconhecer os sinais de burnout e tomar medidas precoces para evitá-lo ou tratá-lo adequadamente.
E depois de ler sobre o burnout, ficou alguma dúvida? O equilíbrio de uma vida saudável é imprescindível para evitar sofrimento emocional. Pensou em algo que pode mudar na sua rotina? Talvez iniciar um processo psicoterápico pode ser uma das formas de obter saúde psíquica.
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